Tereza Cristina Malcher Campitelli 84031

Momentos Literários 5k2w59

Tereza Malcher é mestre em educação pela PUC-Rio, escritora de livros infantojuvenis e ganhadora, em 2014, do Prêmio OFF Flip de Literatura.

Histórias de família 3s4j14

12/12/2022

Basta-me um pequeno gesto

Feito de longe e de leve,

Para que venhas comigo

E eu para sempre te leve.

                                                                           Cecília Meireles

Leia mais

A literatura científica 6m1b66

05/12/2022

Ao elaborar minha dissertação de Mestrado na PUC-RJ, “A 4ª. e a 5ª. séries do primeiro grau: uma agem refletida pelos diretores de escolas”, minha orientadora, Menga Ludke, me devolvia o que escrevia com correções incontáveis, que me sugeriam reescrever o texto com mais clareza, objetividade e veracidade. Foram muitas revisões. A cada argumentação que eu apresentava tinha de fundamentá-la com estudos já realizados por autores considerados no meio acadêmico.

Leia mais

Até os dedos dos pés têm seus conflitos 426l1

28/11/2022

Ao avaliar os textos que Nívea Maria Dutra Pacheco enviou à Academia Friburguense de Letras no intuito de tornar-se acadêmica, eu me deparei com uma questão que faz parte do quotidiano, o conflito. Em seu artigo “Mediação de Conflitos, Um Novo Paradigma, in Direito”, publicado na coletânea, “Cidadania e Processo”, editado em 2015 pela Editar, comecei a refletir sobre o assunto, especialmente do modo como lidamos com ele na vida diária.

Leia mais

Conta uma história para mim! 2j3d72

21/11/2022

A vida nos apresenta situações inesperadas e de ternura especial. Fui, na semana ada, depois do inverno gélido de Nova Friburgo, surpreendida ou presenteada por uma dessas situações, quando minha mãe, com 91 anos, veio ar uns dias comigo. Decidi ficar ao lado dela como se estivesse no seu marsúpio. Assim, conversávamos, víamos filmes e ficávamos em silêncio, um silêncio carregado de lembranças, afeto e vontade de aproveitar aqueles momentos que, para nós, tinham preciosidades. Foram dez dias de mãe e filha, cheios de confidências e afagos.

Leia mais

A literatura e as terras sinistras da Romênia 3i3sx

14/11/2022

Lendo o jornal A Relíquia, um informativo dos antiquários, leiloeiros, galeristas e colecionadores, em que são publicadas interessantes matérias sobre artes, eu me senti motivada a escrever sobre o papel da crueldade nos romances e contos de ficção. A edição de número 305 traz um breve ensaio sobre o Castelo de Poenari, onde o príncipe Vlad Tepes viveu no século XV, brutal governante da Valáquia, que inspirou o irlandês Bram Stoker, a criar o aterrorizante romance “O Conde Drácula” no século XIX.

Leia mais

O amor que a saudade guarda c1b2g

07/11/2022

Escrevo esta coluna no dia de finados com o livro “Meu Amigo Partiu” nas mãos, de Andrea Viviana Taubman, delicadamente ilustrado por Sandra Ronca, ambas amigas que guardo com carinho no coração. Cada palavra minha retrata a saudade que sinto por aqueles que partiram, pessoas que amei e por quem fui amada. Cada palavra minha é uma rosa que lhes ofereço com o melhor do meu afeto, principalmente a meu filho amado a quem gostaria de dar uma rosa amarela, cor de sua preferência, e ao filho da Sandra Ronca. 

Leia mais

Hellen Keller 651264

31/10/2022

As colunas adas, em que abordei a literatura construída por escritores cegos, me sensibilizaram. Não tenho privação de sentidos, mas eu me identifiquei com eles através da iração que senti ao conhecer os processos de superação pelos quais aram. Foram além dos limites extremos impostos pela ausência de visão e tornaram-se escritores valorizados no universo literário. Todavia não fosse a vontade implacável de ir além, teriam permanecido nas fronteiras impostas pelos limites físicos. 

Leia mais

Ao fechar os olhos 34353k

24/10/2022

Durante o relaxamento no final das sessões de Yoga, escutando os arinhos e os ruídos do vento nas matas de Nova Friburgo, com os olhos fechados, mergulho na ausência de visão, que não me é escuro ou vazio, que não é excludente. Adentro um universo quase desconhecido. Ao mergulhar dentro de mim, invado meus pensamentos e sensações, em que o ambiente e eu ganham outra dimensão quando o a me perceber e o que está em meu entorno através da audição e das impressões que meu corpo capta. Sinto com mais nitidez a respiração, os batimentos cardíacos, cada parte do corpo.

Leia mais

A deficiência visual e a literatura 1v6i4f

17/10/2022

“Para a tarefa do artista, a cegueira não é totalmente negativa, já pode ser um instrumento.”

Jorge Luis Borges

Ao escrever a coluna da semana ada, fiz um breve relato histórico sobre a máquina de escrever e fiquei surpresa ao saber que sua invenção foi motivada para atender às necessidades de pessoas cegas. Resolvi dar continuidade às pesquisas e tive a oportunidade de conhecer fatos interessantes a respeito das relações entre a literatura e os escritores com deficiência visual.

Leia mais

E a máquina de escrever? 6vx5r

10/10/2022

Noutro dia, num bate-papo de botar a conversa no centro da roda, uma amiga da família, Bia, falou a respeito da máquina de escrever. A minha geração e as subsequentes, as que nasceram entre as décadas de cinquenta e oitenta do século ado, tiveram os ouvidos acostumados com o bater das teclas, “tic-toc-tac-tic”, um barulhinho gostoso e discreto, que tomava conta do ambiente. Como minha avó era tradutora de livros literários, ei bom tempo da minha infância escutando o teclar da máquina.

Leia mais