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Aos sábados, no Caderno Z, o jornalista Wanderson Nogueira explora a sua verve literária na coluna "Palavreando", onde fala de sentimentos e analisa o espírito e o comportamento humano.

Pedra do Arpoador h6y67

18/03/2023

As águas de março já vão varrendo o verão. As águas do mar apenas me separam de outros continentes. Da Pedra do Arpoador, a cidade mais próxima é Walvis Bay, a quase seis mil quilômetros azuis. Pelo caminho, talvez, ilhotas que não formam um lugarejo, muito menos um país. Toda a vida está no oceano e no céu que há sobre ele. 

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No meio da poesia 331q31

11/03/2023

Estou à procura de achados que ainda não encontrei. Talvez tenha vislumbrado, mas jamais encontrado. Olhar atento, caminho pelas ruas dos dias para no meio da poesia quem sabe… 

O que será percebido? O que me emprestará a interpretação no agora? Porque o que fomos nos trouxe, mas a leitura que vale é a desse ser que vive agora. 

Amanhã? Talvez me avalie adolescente demais, desses que vão no afã da ocasião ou adulto de menos, como os que decidem apenas com o coração.  

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A vida é frenesi 6n246n

04/03/2023

Eu não tenho talento pra cantar ou para dedilhar violão. Até invejo quem tem. Meu talento é ler pessoas. Escrever sobre elas. Sobre o que sabem e o que não sabem. Sobre o que são na superfície, no esconderijo de suas existências ou mesmo sobre o que invento sobre elas na minha mais fértil imaginação. 

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Se eu não soubesse o que é o carnaval… 325q2u

11/02/2023

Se eu não soubesse o que é o carnaval, se eu já não tivesse te conhecido. Ah, não sei. Talvez, eu teria um conceito diferente do que é alegria, felicidade, essa coisa de se esbanjar, ser entregue, se deixar levar... Pela música, pelos brilhos de tantas cores que nem sei o nome, pelas multidões ou simplesmente pelo bailar da ista quase toda despida. 

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As quatro válvulas do coração 736q60

04/02/2023

Por que o tempo a tão ligeiro quando a felicidade nos visita? Mesmo fazendo morada, a estadia da felicidade sempre parece menor do que deveria ser. Não porque somos um tanto insaciáveis. Vorazes? Não somos tão famintos como o tempo, que nos devora, e, sempre se atreve a abreviar esses momentos em que fabricamos saudades. 

Se pensarmos que estamos fabricando saudades nesses instantes, perdemos a felicidade que nos contagia. Melhor viver intensamente e pensar nisso depois. Pensando, revivemos, mas sem a mesma mágica.

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Será mágica? 4d4g31

28/01/2023

Pode ser que não seja nada, pode ser que seja tudo. Mas entre o tudo e o nada existe o que não se sabe profundo. Ao infinito só o finito para ser nada. Tudo o que existe, o profundo. Será? 

Entre alegrias e alergias basta mudar a posição do “r” para alterar a risada, no entanto, apenas alguns segundos bastam para alterar o destino. O tempo, nenhuma letra pode mudar. Será?

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Vai, planeta! 562t41

21/01/2023

Vai, planeta! Fazer toda essa gente perdida e emburrada encontrar a sua humanidade. Desembrutecer para curar você planeta que era tão sadio. Mas, afinal, quem de fato está doente? Você ou toda essa gente? 

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Liberdade às pipas 442b51

14/01/2023

Certas tardes de domingo eu me ponho a observar as pipas. Cortam o imenso azul, flutuam no espaço até quase ficarem inatingíveis à visão. Algumas são quadradas, outras em losango. De uma cor só… azuis, vermelhas, brancas, amarelas. As multicoloridas chamam mais a atenção do que aquelas que carregam símbolos de times de futebol ou desenhos como sol ou pássaros. Pudera. As pipas sentirem inveja dos pássaros ao ponto de almejarem ser um. 

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Spoiler: você vai conhecer a pessoa da sua vida 6x5v6

31/12/2022

Nesse novo ciclo que se abre, quero que você conheça uma pessoa. A que será a mais especial e a mais importante de todas para você. A que você terá de cuidar, respeitar e amar para que também possa cuidar, respeitar e amar todas as demais que te mobilizam afeto. 

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Solidão de Natal 2z5123

24/12/2022

O Natal é essa época mágica em que os corações estão mais abertos, mais receptivos ao carinho que muitas das vezes recusamos ou não aceitamos receber. Despercebemos, para parecer menos cruel. É tempo de celebrar o amor e a humanidade que ainda nos resta. Em tempos de redes sociais e algoritmos, compartilhar olhar, peito e alma é o singular que vai muito além desse vazio de milhões de pixels em tela.

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