A casa do barão de nova friburgo 2h362p

Solar Clemente Pinto, sede da Fundação D. João VI, é marco histórico de Nova Friburgo desde 1843.
sexta-feira, 06 de junho de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Regina Lo Bianco)
(Foto: Regina Lo Bianco)

A Fundação D. João VI tem como sede uma das mais antigas construções de Nova Friburgo: o Solar da família Clemente Pinto. Localizado na Praça Getúlio Vargas, Centro, nascedouro da história de Nova Friburgo, o prédio foi construído em 1843 para ser residência urbana de Antonio Clemente Pinto, o futuro Barão de Nova Friburgo.

Anteriormente, o terreno era ocupado por uma casa de estilo colonial, demolida em 1841, quando a propriedade foi “aforada” por Antonio Clemente Pinto, para dar lugar à edificação em estilo neoclássico, que perdura até os dias de hoje. Projetada pelo engenheiro holandês Jacob van Erven, a residência tinha aos fundos um jardim que se estendia até a margem do rio Bengalas.

Com as mortes do Barão e da Baronesa, a propriedade ou para o primogênito do casal — o 1º Barão e Conde de São Clemente, Antonio Clemente Pinto, e posteriormente, para o 2º Barão de São Clemente.

Vendido para a municipalidade, ao longo do século 20 o prédio abrigou diversos órgãos istrativos: Prefeitura (1921-1969); Câmara Municipal (1922-2001); Biblioteca (1941-2001); Fórum (1938-1941); Cadeia (1938–1940), e depósito de materiais da prefeitura. 

Em 1961, foi inaugurado o Porão das Artes, depois chamado Centro de Arte, que funcionou até 2011. O prédio também sediou a Oficina Escola de Artes, até 2013.

Em 2016 a inauguração de uma de suas salas principais, possibilitou ao público o reencontro com a coleção de estátuas "Quatro Estações", então totalmente recuperadas. Essa sala é uma pequena mostra da transformação, em breve, do “casarão do Barão” no Museu do Solar do Barão. 

(Fonte: www.djoaovi.com/fundacao/sede)

O PALACETE DO DR. ELIAS

A atual sede do Instituto de Saúde de Nova Friburgo (ISNF) foi construído no final do século 19, para abrigar a família do médico Elias Antônio de Moraes, filho do 1º Barão de Duas Barras, João Antônio de Moraes, um rico fazendeiro de café.

De estilo arquitetônico eclético, do período neoclássico, o prédio é cópia, em escala menor, do Palácio do Catete, hoje, Museu da República, no Rio de Janeiro, construído por Antônio Clemente Pinto e inaugurado como Palácio Nova Friburgo.

A construção do Palacete do 2º Barão de Duas Barras também contou com o paisagista e arquiteto francês Auguste Glaziou, e já foi Paço Municipal e sede da extinta Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo (Fonf).

Elias Antônio de Moraes foi o único dos filhos do Barão das Duas Barras a cursar uma faculdade. Nascido em 1840, num período de prosperidade da família, quando os cafezais de João Antônio produziam riqueza considerável, Elias fez os primeiros estudos em Cantagalo, depois mudou-se para a Corte. Aos 20 anos, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e em 1865, diplomou-se. Em 1889, último ano do Império, recebeu o título de 2º Barão das Duas Barras.

Ascensão social

Como era costume na época, Elias viveu no Rio de Janeiro sob os cuidados de um amigo do pai, o comissário de café Antônio Clemente Pinto, futuro Barão de Nova Friburgo, que, na ocasião, se preparava para construir o que seria o Palácio do Catete. Antônio Clemente Pinto morava no atual bairro do Catete, onde Elias conheceu a futura mulher, Georgeanna Augusta da Silva.

Em 1872, em sociedade com o irmão Joaquim, Elias comprou uma chácara denominada Boa Sorte, na Rua General Osório, para onde se mudou com a família. A nova residência — o “Palacete do Dr. Elias” — foi ricamente decorada com peças importadas, como porcelanas, pratas e cristais, introduzindo na família novos padrões de gosto e consumo.

Na nova residência, Georgeanna retomou o gosto pela música, organizando saraus e trazendo do Rio músicos para dar concertos para seus seletos convidados. Elias Antônio faleceu em 1927, aos 87 anos. 

(Fonte: espacomemoriaisnf.sites.uff.br)

 

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